23 de abril de 2017



No dia seguinte fui trabalhar para a fábrica I.G.Farben. Os meus companheiros de infortúnio eram homens de muitas nacionalidades e proveniências, pelo que a dificuldade de os entender e aos Kapo, comandantes e chefes do alojamento e do crematório do campo de trabalho escravo (Buna) era bastante grande. Estávamos condenados aos interesses das forças de segurança do campo, que por sua vez se submetiam cegamente à vontade do Fuhrer em defender a superioridade da nação. O importante para eles era usarem-nos para produzir armamento, projéteis, explosivos, borracha sintética e uma série de outros recursos materiais. 


Encontramo-nos em Monowitz, próximo de Auschwitz.
Este campo é um campo de trabalho, em alemão diz-se Arbeitslager; todos os prisioneiros trabalham numa fábrica de borracha, que se chama Buna. 
Primo Levi, "Se isto é um homem"